Livros e Artigos Recomendados

"Teoria da Classe Ociosa" - Thorstein Veblen

Veblen inicia seu livro com um esquema evolucionista. A sociedade inicialmente seria igualitária em sua fase de selvageria (aqui faz um apanhado com povos tão díspares em economia e organização social como os andamaneses, todas, ainu, bosquímanos e esquimós), mas na fase cultural da barbárie consolidou-se uma classe ociosa sustentada na propriedade. A primeira apropriação foi a da mulher pelo homem, desse modo, o homem colhe os frutos do trabalho da mulher e a tem como um troféu para ostentar. Isenta do trabalho manual economicamente produtivo, a classe ociosa realiza atividades de lazer, com conotação de alto status e poder; como, por exemplo, a caça. Disso nasceu o esporte.

"Manual de Instruções para a Nave Espacial Terra" - R. Buckminster Fuller

"À medida que as emergências políticas mundiais forem aumentando, lembrem-se que descobrimos um modo de fazer o mundo inteiro funcionar."

Clássico da literatura ecológica, Manual de Instruções para a Nave Espacial Terra é igualmente a obra emblemática de Buckminster Fuller (1895-1983), o pai da consciência planetária. Arquitecto, matemático, cosmólogo, inventor, designer, futurista, filósofo, sociólogo, poeta, Fuller merece bem o epíteto que lhe colaram de Leonardo da Vinci do nosso tempo. Ainda assim, a marcada influência que exerceu em vida - da Era das Máquinas ao movimento contracultural dos anos sessenta - poderá não passar de um prelúdio para a sua importância futura - era o que garantia, aliás, o próprio Fuller.

"A vida de Fuller foi tão importante que praticamente brilha com a mesma intensidade agora do que quando ele a possuía".

"Memórias de um Primata" - Robert M Sapolsky

O jovem pesquisador Robert M.Sapolsky chegou à África nos anos 1970 com poucos recursos, mas tinha em seu favor o fato de dominar rudimentos da língua local, o suaíli. Era o início de uma bem-sucedida carreira acadêmica: Sapolsky passaria mais de vinte anos trabalhando, de forma intermitente, num parque nacional do Quênia.
Seu objetivo era estudar o comportamento dos babuínos , especificamente a relação entre estresse e doença nesse grupo de macacos. Na pesquisa, contava com o apoio de moradores da região - e seu relacionamento com os africanos é o ponto alto dessa narrativa.
Em capítulos breve, marcados pelo bom humor e pela observação precisa, Sapolsky relembra amizades afetuosas, trapaceiros que procuravam - e muitas vezes conseguiam - enganá-lo, e o medo de ser assassinado.

"Tecnologias de Convivência com o Semiárido" - José Geraldo de Vasconcelos Baracuhy, Dermeval Araújo Furtado, Paulo Roberto Megna Frascisco

Com as mudanças climáticas, que têm afetado a vida no planeta Terra, a tendência é que as secas na região semiárida sejam cada vez mais severas e prolongadas, como se tem constatado ultimamente. Aliada a essa situação desfavorável, temos os solos com pouca ou nenhuma profundidade e uma reduzida capacidade de retenção de água, que agrava a já elevada evapotranspiração potencial. Sendo o semiárido brasileiro um dos mais populosos do mundo, as preocupações em buscar alternativas de sobrevivência para a gente que ali habita. E nessa vastidão de aridez, muitos são os bolsões habitados por 'mulheres viúvas de maridos vivos', jovens que nem estudam e nem trabalham e idosos.

"Método de análise econômico-ecológica de Agroecossistemas" - Paulo Petersen, Luciano Marçal da Silveira, Gabriel Bianconi Fernandes e Sílvio Gomes de Almeida

Este documento apresenta um método de análise econômico-ecológica de agroecossistemas. O desenvolvimento do método se fundou na necessidade de dar visibilidade a relações econômicas, ecológicas e políticas que singularizam os modos de produção e de vida da agricultura familiar, povos e comunidades tradicionais e que têm sido historicamente ocultadas ou descaracterizadas pela teoria econômica convencional.

"O Modo de Produção Camponês Revisitado" - Jan Douwe van der Ploeg

A renovada atenção em torno da agricultura familiar no Brasil, como expressa a organização do "1o Colóquio Agricultura Familiar e Desen-volvimento Rural" (Porto Alegre, 24 e 25 de novembro de 2005), reflete importantes mudanças na agricultura brasileira; 1 reflete, igualmente, o fortalecimento e a maturidade dos "estudos rurais" praticados no Brasil. A combinação de uma base teórica sólida, um enfoque empírico amplo e metodologicamente bem estruturado; e 2, por fim, mas não menos importante, um forte envolvimento em processos de transformação em curso contribuem para escapar de amarras ideológicas.

"Guia Prático da Autossuficiência" - John Seymour

O Guia Prático da Autossuficiência surge pouco depois da crise petrolífera e foi um estrondoso sucesso. Por esta altura, John e a família já se tinham mudado para uma quinta maior, em Gales, onde continuou a cultivar a terra e escrever com uma inesgotável energia.

Nas duas últimas décadas viveu numa pequena parcela na Irlanda, onde ensinava a arte de ser autossuficiente. Regressou a Gales à quinta que tanto gostava para passar os seus últimos 18 meses de vida, com a filha Ann e os netos. Faleceu em setembro de 2004, com 90 anos de idade. Este livro procura mostrar que a autossuficiência não significa o regresso a um passado místico ou a aceitação de um nível de vida inferior. Para o autor, a autossuficiência pode ensinar o ser humano a viver autenticamente, com uma nova visão de mundo.

"Estatísticas Sob Suspeita" - Cristina Carrasco

A tradução e publicação deste livro se inserem na trajetória da SOF de incorporar as contribuições da economia feminista em suas análises. O estudo realizado por Cristina Carrasco para o Instituto Catalão das Mulheres, reproduzido integralmente, propõe um novo modelo para compreender e analisar a realidade. Esta proposta não androcêntrica não toma a experiência dos homens como universal, de modo que permite compreender a realidade das mulheres não apenas desde o que lhes falta para se igualar aos referenciais masculinos. Ao contrário, este novo modelo tem como base para sua formulação a experiência de mulheres e homens e o objetivo de se medir a satisfação das necessidades humanas, para orientar o planejamento de políticas geradoras de igualdade.

"A Árvore do Conhecimento" - Humberto R. Maturana, Frascisco J. Varela

Os autores mostram que a idéia de que o mundo não é pré-dado, e que o construímos ao longo de nossa interação com ele, não é apenas teórica; apóia-se em evidências concretas. Várias delas estão expostas - com a freqüente utilização de exemplos e relatos de experimentos - nas páginas deste livro. As teorias dos dois autores constituem uma concepção original e desafiadora, cujas conseqüências éticas agora começam a ser percebidas com crescente nitidez.

"A Teoria dos Sistemas Sociais em Niklas Luhmann" - Luiz Cláudio Moreira Melo Júnior

O livro aborda a proposta teórica do sociólogo alemão Niklas Luhmann (1927-1998), considerado um dos autores mais importantes e produtivos das ciências sociais no século XX. Como Leo Rodrigues e Fabrício Neves destacam logo na introdução da obra, a abordagem teórica de Luhmann teve a ousadia de transpor "barreiras disciplinares e desenvolver um conhecimento científico verdadeiramente transdisciplinar. Um dos méritos do livro é apresentar de forma didática a teoria proposta por Luhmann, elucidando as principais categorias e conceitos trabalhados pelo autor e confrontando alguns dos enfoques epistemológicos centrais da teoria sociológica clássica (durkheimiana, weberiana, marxiana, estruturalista) com alguns dos fundamentos da teoria luhmanniana.

"Cibernética e Sociedade" - Norbert Wiener

A cibernética é uma revolução que não ficou restrita ao plano tecnológico dos computadores miraculosos ou das máquinas que imitam o comportamento "finalista" dos seres vivos, mas que foi até campos mais vastos das Ciências e da Filosofia, abalando crenças tradicionais e abrindo novas e atordoantes perspectivas para a compreensão do mundo e da vida. Neste livro famoso, o criador da Cibernética, Norbert Wiener, esclarece para o leitor não especializado os conceitos cibernéticos fundamentais - entropia, feedback, automação, informação, comunicação etc. - mostrando-lhe revolucionárias implicações sociais e filosóficas.

"Sexo e Temperamento" - Margaret Mead

Este livro "Sexo e temperamento", da mais famosa antropóloga de todos os tempos, a americana Margaret Mead (1901-1978), lançado em português em 1969, pela Perspectiva (o original em inglês é de 1935, e a tradução correta do título seria "Sexo e temperamento em três sociedades primitivas"), não é das obras mais conhecidas da autora, mas sem dúvida é um dos mais bem documentados, dos mais significativos e dos mais importantes trabalhos já publicados sobre a relação entre biologia e sociedade.
Mead, recém-formada em antropologia na Faculdade Barnard, consagrou-se bem jovem, aos 27 anos, com a publicação de um livro sobre a puberdade entre os nativos de Samoa, ilha do Pacífico que é uma possessão americana. O livro argumentava que as complicações da adolescência, tão flagrantes no cotidiano dos Estados Unidos, não existiam entre os samoanos, em cuja sociedade os adultos eram tolerantes com as adolescentes, aceitando que elas desenvolvessem livremente, por exemplo, a sexualidade. O livro teve enorme impacto ao fazer as jovens americanas perceberem que uma sexualidade mais livre era possível e não traria os problemas com que os adultos repressores ameaçavam as adolescentes.

"Meio Ambiente & Ecovilas" - Giuliana Capello

Meio ambiente ecovilas, de Giuliana Capello, mostra-nos que, enquanto o mundo contemporâneo busca sua configuração nas megalópoles, nos fast foods, no consumismo desenfreado, na satisfação dos desejos a todo custo e em modelos de agricultura e habitações descomprometidos com a saúde e o bem-estar das pessoas num discurso tão convincente que a maioria da população nem sequer questiona se haveria outro modo de viver ou pensar a própria vida, o movimento das ecovilas surge como uma possibilidade de recusar, pelo exemplo, o imaginário único e monocultural criado como concepção de sociedade. Como diz Marina Silva, no prefácio deste livro, A simplicidade é virtude rara e cada vez mais necessária.

"Economia Feminista e Soberania Alimentar" - Miriam Nobre Pacheco Nobre, Maysa Mourão Miguel, Renata Moreno, Tais Viudes de Freitas

No Brasil, mulheres têm um papel estratégico na produção de alimentos na agricultura familiar, que abastece 70% do consumo de alimentos dos brasileiros. Também aqui poucas informações de produção estão desagregadas por gênero - o trabalho cotidiano da mulher é chamado de ajuda, às vezes por elas mesmas. O dinheiro resultante da venda de seus produtos não é visto como fundamental ou mesmo contabilizado na renda familiar. O que produzem para a alimentação da família, apesar de estar na mesa todos os dias, não entra na contabilidade como renda da propriedade, e nem mesmo como renda da família. A publicação desta pesquisa, resultado de uma parceria entre a campanha "Cresça", da OXFAM e a Sempreviva Organização Feminista (SOF), pretende contribuir para questionar, repensar e, finalmente, mudar os mudar os desequilíbrios nas relações de poder que impedem as mulheres de se realizarem como seres humanos, em especial naquelas relações que se manifestam em torno à produção e ao acesso aos alimentos.

"Las Mujeres En La Construcción De La Economía Solidaria Y La Agroecología" - Miriam Nobre, Nalu Faria, Renata Moreno

Esta publicação é mais um esforço para seguir iluminando as experiências, elaborações e propostas políticas das mulheres em movimento que, com sua ação organizada, impulsionam mudanças concretas em suas vidas e em suas comunidades, na economia, na política e nas relações sociais. Os três artigos que compõem o livro estão disponíveis em espanhol. | Esa publicación es un esfuerzo más por seguir iluminando las experiencias, las elaboraciones y las propuestas políticas de las mujeres en movimiento que con su acción organizada, impulsan cambios concretos en sus vidas y de sus comunidades, en la economía, la política y las relaciones sociales.

"Mulheres Rurais e Autonomia" - Andrea Butto, Conceição Dantas, Karla Hora, Miriam Nobre, Nalu Faria

A formação como estratégia não se resume às atividades assim denominadas mas se explicita em uma postura de trabalho que compreende as próprias mulheres como sujeitos de transformação de sua realidade. Por isso, a auto-organização das mulheres rurais nos territórios permanece não só como garantia de romper barreiras ao acesso às políticas públicas, mas também na sociedade e na família. As mulheres rurais vão tecendo este espaço de vida, de uma vida que vale a pena ser vivida.

"Caminhos Para Igualdade de Gênero entre Indígenas e Quilombolas" - Miriam Nobre, Neuza Tito, Sonia Coelho, Morna Macleod, Ana María Rodríguez

O caderno "Caminhos para a igualdade de gênero entre indígenas e quilombolas" resgata a experiência do trabalho de formação da SOF (Sempreviva Organização Feminista) com organizações indígenas e quilombolas entre 2003 e 2006. Nesse processo, ampliamos nossa pauta e nossa visão sobre o país.

Sentimo-nos desafiadas a contribuir para que as preocupações, análises e formas de agir das indígenas e quilombolas influenciem o movimento feminista que, mesmo com o forte protagonismo das camponesas, ainda tem uma visão muito urbana.

As lutas das mulheres indígenas e quilombolas não estão isoladas das lutas de seus povos, que elas fortalecem, mas não abrem mão de mostrar suas contradições e limites. Também nos sentimos desafiadas a contribuir para que as agendas e formas de atuação dos movimentos sejam influenciadas pelas preocupações e lutas realizadas pelas mulheres.

"Trabalho, Corpo e Vida das Mulheres" - Maria Fernanda Marcelino, Nalu Faria, Tica Moreno

Esta publicação tem como objetivo apontar desafios para a elaboração e ação feministas frente ao atual modelo de desenvolvimento. A reflexão proposta procura ir além da identificação dos impactos negativos que o atual modelo produz na vida das mulheres, buscando demonstrar como este recorre à sua dimensão patriarcal como um mecanismo para seu fortalecimento.

O texto tem como referências a economia feminista e os acúmulos da crítica feminista à mercantilização do corpo e da vida das mulheres. Reúne, portanto, elementos sobre os processos de desenvolvimento; um olhar sobre o avanço do capital sobre os territórios, a partir da mineração e da construção de hidrelétricas; e busca atualizar o debate sobre mercantilização do corpo, tendo como foco a prostituição.

"O Movimento Zeitgeist Uma Nova Forma de Pensar" - Time de Palestras do Movimento Zeitgeist

O livro "The Zeitgeist Movement Defined: Realizing a new train of thought", finalmente conta com uma versão em português brasileiro.Após pouco mais de um ano de trabalho do Brazilian Linguistic Team, estão disponíveis as versões em .pdf, .mobi e .epub, além do site "Uma Nova Forma de Pensar", dedicado à divulgação da publicação ainda durante o processo de tradução. Esta é uma das principais referências para os membros do MZ e demais pessoas interessadas em compreender os motivos do colapso do sistema capitalista e a viabilidade de uma economia baseada em recursos (EBR).

"Manual da Agricultura Orgânica" - Jairo Restrepo

Curso teórico-prático do ABC da AgriCultura Orgânica: Remineralização e Recuperação da Saúde dos Solos; Microbiologia dos Solos e Técnica da Cromatografia de Pfeiffer. Recomendações práticas sobre produção de adubos e biofertilizantes. Multiplicação de microrganismos e produção de caldas.

"Desenhando o Futuro" - Jacque Fresco

"Embora muitos acreditem que podemos elaborar nosso futuro através do pensamento, ação, conhecimento e valores de hoje, nada está tão além da verdade especialmente em nosso mundo atual de rápidas mudanças. Uma criança recém-nascida não entra num mundo criado por ela mesma. Cada geração herda os valores, conquistas, esperanças, sucessos e derrotas daquelas que a antecederam, assim como o resultado de suas decisões..."

"A Visão Sistêmica da Vida" - Fritjof Capra, Pier Luigi Luisi
"Ao longo dos últimos 35 anos, uma concepção radicalmente nova da vida emergiu na linha de frente da ciência contemporânea. ESsa nova visão transcende a visão mecanicista e envolve uma nova espécie de pensamento: o pensamento 'sistêmico'. CApra e Luisi integram neste livro os muitos conceitos, modelos e teorias dessa nova compreensão científica da vida em um único arcabouço coerente. FAzendo uma ampla varredura através da história e das disciplinas científicas, apresentam uma visão sistêmica unificada que inclui e integra as dimensões biológica, cognitiva, social e ecológica da vida, além de discutir as implicações dessa visão para as nossas crises ecológicas e econômicas globais." 

Cidade Cooperativa Agroecológica Gaia | facebook.com/GaiaCoop
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